Entenda por que a combinação entre leonardita e fertilizantes organominerais tem gerado resultados tão expressivos na cultura do amendoim
Quando o assunto é condicionar o solo e impulsionar a produtividade agrícola, a leonardita tem se destacado como uma das soluções naturais mais eficazes no manejo de culturas de alto rendimento — como o amendoim (especialmente quando cultivado com boas práticas agrícolas e em condições favoráveis). Mas para entender seu verdadeiro impacto, é preciso ir além do nome e compreender sua origem, sua ação e, principalmente, por que essa matéria-prima é muito estratégica para solos tropicais.
Afinal, o que é a leonardita?
A leonardita é um tipo de matéria-prima orgânica sólida, formada pela decomposição lenta e natural de resíduos vegetais ao longo de milhões de anos. Diferente da turfa e do carvão mineral, ela passa por um processo de oxidação mais avançado, o que resulta em alta concentração de ácidos húmicos e fúlvicos, além de carbono orgânico e traços minerais. Por isso, embora muitas vezes seja chamada de “substância”, a leonardita não é um composto isolado, mas sim um minério orgânico altamente ativo biologicamente. Esses ácidos presentes na leonardita são responsáveis por uma série de interações químicas, físicas e biológicas no solo, com efeitos diretos sobre a estrutura, a retenção de água, a biodisponibilidade de nutrientes e a microbiota benéfica. Quando processada e aplicada corretamente em fertilizantes organominerais — como nas tecnologias da Embrafós — a leonardita entrega efeitos consistentes no condicionamento físico e químico do solo, criando um ambiente mais favorável para o desenvolvimento das culturas.
Como a leonardita age no solo?
A ação da leonardita começa onde tudo se constrói: no solo. Antes de qualquer resposta visível na planta, sua função é condicionar o ambiente físico, químico e biológico da rizosfera para que a absorção de nutrientes seja otimizada. Esse material orgânico, altamente oxidado, atua diretamente na estrutura física do solo, tornando-o mais agregado e poroso — o que é especialmente importante em solos compactados ou arenosos. Essa estrutura mais leve favorece a penetração e o desenvolvimento das raízes, além de permitir uma distribuição mais uniforme das vagens no caso de culturas como o amendoim.
Além de melhorar a estrutura, a leonardita também aumenta significativamente a capacidade de retenção de água, funcionando como uma ponte entre as partículas do solo e protegendo a lavoura em períodos de déficit hídrico. Isso é essencial para manter a atividade metabólica da planta, especialmente em regiões sujeitas a estiagens curtas. Outro ponto crítico é sua ação sobre a capacidade de troca de cátions (CTC) — fator-chave para a fertilidade do solo. A leonardita atua como um intensificador da CTC, tornando os nutrientes mais móveis e disponíveis na zona de absorção das raízes.
Sua composição rica em ácidos húmicos e fúlvicos ainda exerce efeito quelante sobre micronutrientes como ferro, zinco, cobre e manganês, impedindo que esses elementos se tornem indisponíveis por fixação e prolongando sua disponibilidade no solo. Esses mesmos compostos bioativos estimulam a atividade da microbiota benéfica, favorecendo processos como a mineralização de nutrientes e a proteção contra patógenos, criando um ambiente mais biológico e funcional.
Quais são as exigências nutricionais do amendoim?
A cultura do amendoim possui uma exigência nutricional elevada, particularmente em nutrientes como cálcio, fósforo, boro e potássio, além de uma forte dependência da disponibilidade hídrica e da qualidade estrutural do solo. Desde o início do ciclo, é necessário garantir um ambiente equilibrado para que o sistema reprodutivo da planta se desenvolva com eficiência.
Durante o pegamento das flores e vagens, há uma alta demanda por cálcio, essencial para garantir a integridade da parede celular e o sucesso na formação dos frutos. Na fase seguinte, o enchimento de grãos, a cultura exige boa absorção de fósforo, boro e potássio, elementos indispensáveis para o acúmulo de reservas e o enchimento completo das sementes. O sistema radicular, por sua vez, precisa ser profundo e bem desenvolvido para acessar os nutrientes em camadas mais baixas do perfil do solo e garantir estabilidade fisiológica.
É importante destacar que o amendoim não responde bem a solos compactados ou com baixa capacidade de retenção de água, o que torna ainda mais relevante o uso de tecnologias que otimizem a estrutura do solo e promovam um ambiente favorável à nutrição equilibrada.
Por que a leonardita faz diferença na cultura do amendoim?
Diante dessas exigências, a leonardita se mostra uma aliada estratégica ao atuar em múltiplas frentes simultaneamente. Sua presença no solo melhora o ambiente de absorção de nutrientes, diminuindo as perdas e aumentando a eficiência dos fertilizantes aplicados — o que, na prática, significa menos investimento desperdiçado e mais nutrientes aproveitados pela planta. Ao mesmo tempo, ela condiciona o sistema radicular, estimulando o crescimento de raízes mais longas, ativas e ramificadas, capazes de explorar maior volume de solo e absorver de forma mais eficiente os nutrientes essenciais ao pegamento e ao enchimento dos grãos.
Sua ação sobre a retenção hídrica também não pode ser subestimada, especialmente em solos arenosos ou regiões sujeitas à irregularidade climática. Além disso, os compostos presentes na leonardita atuam no equilíbrio hormonal da planta, estimulando a síntese natural de auxinas e citocininas — hormônios que influenciam diretamente o florescimento, o pegamento das vagens e a formação dos grãos. Quando associada a fontes de fósforo de liberação gradual, como o fósforo inteligente encapsulado da Embrafós, a leonardita ainda aumenta a eficiência da adubação fosfatada, liberando o nutriente conforme a planta precisa ao longo do ciclo.
Os efeitos no campo são evidentes: lavouras com plantas mais vigorosas, pegamento mais eficiente, maior peso e uniformidade dos grãos e, como consequência, maior rendimento de óleo e maior produtividade final.
Uma fórmula feita sob medida para o amendoim
Com base em todo esse conhecimento técnico e nas demandas específicas do amendoim, a Embrafós desenvolveu o FF Formulado 03.15.08, uma fórmula especial com leonardita, enxofre e fósforo inteligente encapsulado. A solução foi criada atendendo às exigências nutricionais e estruturais da cultura — especialmente em solos de baixa fertilidade. Essa combinação foi validada em campo nas regiões de São Paulo e Mato Grosso do Sul, apresentando resultados consistentes mesmo em áreas desafiadoras. Entre os principais benefícios observados, destacam-se:
- Maior desenvolvimento do sistema radicular
- Melhor pegamento das vagens
- Incremento na produtividade e no peso dos grãos
- Superação dos resultados obtidos com fertilizantes convencionais
Essa performance é possível graças à matéria-prima orgânica exclusiva da Embrafós, enriquecida com tecnologia MSP (micro-organismos solubilizadores de fósforo), fósforo de liberação gradual encapsulado em polímero orgânico, além da proteção contra perdas por volatilização.
Conclusão: Leonardita não é moda. É tecnologia a serviço do resultado!
Mais do que um insumo complementar, a leonardita é uma aliada estratégica para o produtor de amendoim. Seu uso adequado, aliado a tecnologias de liberação gradual e manejo biológico do solo, permite explorar o máximo potencial da lavoura, com mais eficiência nutricional, mais resiliência e mais rentabilidade. Quer levar sua lavoura de amendoim a um novo patamar? Converse com um consultor Embrafós e descubra como o FF com leonardita pode transformar o desempenho do seu solo e da sua colheita.