Qual é a importância dos microrganismos?
Os microrganismos do solo são uma parte indispensável do agroecossistema, sendo responsáveis por desempenhar diversas funções importantes que vão desde participação na ciclagem de nutrientes à promoção do crescimento das plantas.
Avalia-se que 97% de todos os microrganismos conhecidos sejam benéficos a outros organismos, como as plantas, formando um verdadeiro exército do bem que auxilia o agricultor no manejo das lavouras.
Principais Benefícios:
Melhoria da disponibilidade de nutrientes no solo
Promoção do crescimento vegetal
Aumento da tolerância da planta a estresses abióticos
Degradação de substâncias contaminantes de recursos ambientais
Controle biológico de pragas e doenças
Controle da compactação do solo
Solubilizar e disponibilizar fósforo para plantas
Fixação de nitrogênio pelas plantas e solo
Como aumentar microrganismos no solo?
Adoção de sistemas de produção integrados e de rotação de culturas
Uso de adubação rica em bactérias e fungos benéficos ao solo
Escolha dos fertilizantes sem cloro e com baixo índice salino
Incremento da matéria orgânica do solo
Os fertilizantes Embrafós oferecem todos esses benefícios, como mostra o trabalho da ANDRIOS ASSESSORIA. No estudo foi determinado a quantificação de micro-organismos em diferentes fertilizantes, como também a determinação dos grupos bacterianos e fúngicos presentes nas amostras.
Descrição das Amostras:
Fertilizante organomineral 05_22_07
Fertilizante organomineral 15_00_15
Fertilizante organomineral 20_10_10
Estratégia Metodológica:
As amostras de fertilizantes foram submetidas a extração de DNA. A quantificação do microrganismo desejado é determinada a partir da quantificação do número de cópias do gene alvo grama da amostra utilizando a metodologia de PCR quantitativo. Para a quantificação do gene alvo, uma curva padrão foi obtida por meio de amplificações com os números de cópias conhecidos do DNA molde adicionado nas reações. Desta maneira, os dados da amplificação do DNA extraído das amostras de solo foram interpolados na curva padrão para determinar o número de cópias do gene de interesse por grama de produto.
Para o estudo da quantificação de por método de UFC (unidade formadoras de colonias) foram utilizados meio TSA para bactérias, BDA para fungos, fonte de fosfato de cálcio para solubilizadores de fósforo inorgânico e fitato como fonte de fósforo orgânico. As amostras foram submetidas a diluições seriadas das e em seguida, as quais foram inoculadas em placas com meio de cultivo e incubadas. Após essa etapa, foi feita a contagem de colônias determinada em UFC/g de fertilizante.
O método utilizado foi baseado no sequenciamento de DNA, que teve como alvo a região 16S rDNA de bactérias e a região ITS de fungos. O sequenciamento foi realizado no equipamento MiSeq, e
as análises de dados na plataforma de análise do Brazilian Microbiome Project (BMP).
Resultados
01 – Quantificações de microorganismos
As quantificações dos microorganismos estão apresentadas nas Tabelas 1, 2 e 3
Tabela 1. Resultados da quantificação de microorganismos via qPCR.
Tabela 2. Resultados da quantificação de microorganismos via UFC.
Tabela 3. Resultados da quantificação de microorganismos via NMP.
01 – Quantificações de microorganismos
Foram analisadas 6.400 sequências de bactérias e 16.900 sequências de fungos para cada uma das amostras, as quais revelaram os números de espécies(OTUs) descritos na Tabela 4.
Tabela 4. Dados gerais da análise realizada na amostra.
Em relação aos grupos bacterianos encontrados, e a distribuição dos mesmos entre as amostras, observam-se diferenciações entre os fertilizantes (Figura 1). Junto a este documento, segue uma planilha com as quantificações relativas de cada um dos grupos encontrados nas amostras analisadas. Destaca-se dentre os grupos, a presença do gênero Bacillus, apresentado nas porcentagens de 4,49, 8,31 e 7,6% nos fertilizantes 05_22_07, 15_00_15 e 20_10_10, respectivamente.
Na análise de grupos de fungos, a mesma observação é válida, com diferenças nas proporções dos grupos de fungos e cada um dos fertilizantes (Figura 2). Destaca-se a presença de grupos conhecidos, como Candida, Penicillium, Aspergillus, e uma diversidade de fungos ainda pouco relacionada a processos conhecidos.
Os fertilizantes analisados apresentam uma abundante comunidade de fungos e bactérias por grama de produto.
Todas as formulações analisadas mostraram a presença de fixadores de Nitrogênio e solubilizadores de Fósforo.
O gênero Bacillus ocorre de forma abundante em todas as formulações avaliadas.